terça-feira, setembro 26, 2006

Intrigam-me as estatísticas

Como são sempre baseadas em números, servem para dar resultados objectivos. Normalmente, em cima delas, constituem-se padrões mostrando como se agrupam as diferentes classes que são avaliadas.
Até aqui tudo bem.

A porca só torce o rabo quando se definem as classes.

Quem as define? Com que critérios? O que é que é expectável acontecer/ser para integrar uma determinada classe?

Ontem no “Prós e Contras” dizia-se: “Os portugueses são muito formais!”. E então os que não o são? Passam a sê-lo? Deixam de ser portugueses e viram espanhóis? Terei de ser formal só porque uma padeira resolveu partir as fuças a uns tipos com fome?

Se há classes cuja definição é pacífica, outras há em que padronizar pode ser tarefa árdua, tendenciosa e/ou perigosa. Como é quando falamos de comportamentos?

Com que acuidade “alguém” estabelece cada caixinha? Com que certeza se pode aplaudir esses rótulos? Serão criteriosamente elaborados por estudiosos? Intelectuais do comportamento Humano que, através da indignação, são capazes de olhar para nós, simples mortais, apontando atitudes?

Como relatado aqui, Marshall McLuhan uma vez disse: “A indignação moral é uma técnica utilizada para conferir dignidade ao idiota.”.

Aqui fica a minha indignação!